quinta-feira, 12 de outubro de 2017


                                              FASES DE DESENVOLVIMENTO - PIAGET





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Uma crítica constante encontrada na teoria de Piaget é dizer que alguma criança apresenta características diferentes dos estádios que se encontra no momento; não observando que nos estudos de Piaget foram feitas médias das idades. Então a criança  em questão deve ser analisada pelo seu estádio e características apresentadas  e não pela cidade.

Isso se deve porque  para Piaget   as idades de ocorrência dos estádios  são  extremamente variáveis sendo difícil  encontrar  dois indivíduos passando pelo mesmo estádio e na mesma idade.

Tem-se muita dessa teoria nas escolas onde insistimos enquadrar todos os alunos numa só fase estando numa determinada turma. Se formos ser sinceros conosco e com nossos alunos, percebemos  diferentes fases numa única turma.  Crianças  que estão numa fase intermediária de um estádio para outros, saindo de um , mas não totalmente incluso em outro.

Padronizamos as turmas, os alunos em suas idades e afirmamos os estádios que estão; construindo inverdades pessoais, enquadrando igualmente as crianças que são diferentes, sabendo que cada uma desenvolve-se com sua própria velocidade de aprendizagem e passagem de estádios.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017


                                  TRATAMENTO DIFERENCIADO EXISTE?

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              A inclusão de pessoas com deficiência  é aparada pela Constituição de 88 que define em seus artigos os seus direitos, o amparo familiar e escolar  e o melhor modo de convivência  com a sociedade. A escola tem que ter estrutura didática e física para conseguir cumprir o que a lei determina, mas isso não é visível nesse âmbito, a realidade é desmotivadora para professores sem preparo e para as crianças é maior ainda.
             O que mais me impressiona é que a inclusão de um aluno é um parecer puramente pedagógico  e não clinico, e esse só se faz necessário se a parte pedagógica articulada com a área da saúde solicitá-la. Não é necessário tal documento e serve apenas como anexo  e não como pedra fundamental de inclusão, pois a existência ou obrigatoriedade do mesmo é uma  forma de preconceito e discriminação.
            Causou-me espanto essas informações,  pois, nas escolas que trabalho o laudo é exigido para tratar o aluno como portador de necessidades especiais, mesmo sendo visível essa deficiência.  Sem laudo, mesmo sendo por direito, merecedor de atendimento especializado  o aluno é tratado igual aos outros.
           Analisando por outro  lado, percebe-se a desvalorização do professor mediante seu conhecimento profissional o qual não tem autonomia de dizer que o aluno precisa de um atendimento especializado específico por ter  dificuldades de aprendizagem.

Precisa laudo médico para assentir  o que já havia percebido em sala de aula. 

                                                CID- NÃO É NECESSÁRIO


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                       Achei bem importante a fala do Skliar ao mencionar que quando um assunto volta a repetir-se, é porque ele não foi resolvido, no caso a inclusão. Bem citado, pois vejo nas escolas onde trabalho, que muito pouco é feito em relação á alunos inclusos,  e digo, que quando realizado, é feito de forma errada.  Chamou-me atenção que  a escola tem que ser hospitaleira, para todos os alunos, inclusive o incluso. Não sei se ela é tão hospitaleira ao aluno incluso, que está ai somente para fazer cumprir a lei.
                  Na nota técnica  também percebi que estamos  trabalhando de forma errada e  esperando o laudo para tomar uma decisão a qual sabemos qual é.  Acredito que o professor tem autonomia de perceber  alguma dificuldade do aluno,  e pode tentar melhorar e facilitar o atendimento á ele. O caso é, que sem laudo, não se tem atendimento especializado, para tanto precisamos de um médico, que enquadra o aluno em algum CID.   Mas o que me intriga, é a distância  entre uma dificuldade de aprendizagem do aluno  percebida pelo professor e o enquadramento de uma doença para um laudo.

                O laudo tira a autonomia do professor, mas o fato da escola sempre esperar  o mesmo, dá a segurança de que este precisa para também ausentar-se de falhas.




CRIANÇAS INDÍGENAS  E SUA EDUCAÇÃO

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             A educação da criança indígena parece básica e simples para nós; mas é rodeada de crenças, histórias didática, diversão e respeito.  São autônomas e independentes em seu brincar e no decorrer do seu dia a dia.
              Não são punidos  e nem reprimidas por suas atitudes, são educadas com amor por todos integrantes da tribo, os quais se preocupam com a sua educação; as crianças respeitam os mais velhos e todas são tratadas sempre com delicadeza. Todos da tribo são responsáveis pela formação de cada um, onde os processos de aprendizagem e seu tempo de aprendizagem  são sempre respeitados.
           Os índios  contemplam a coletividade  realizando tarefas coletivas diariamente, mas respeitam muito a individualidade de cada criança, a qual depende dela somente a procura pelo aprender , para poder melhorar pessoalmente e virar um adulto indígena.
Os índios mais velhos acreditam que todas crianças  chegarão no momento do “ estalo” de evoluir por vontade própria, por necessidade e  como eles mesmos citam: “ aprendi por mim, da minha própria cabeça”,   comprovando o que afirma Aquino (2012, pg. 78):  “ A criança aprende sem ninguém lhe mandar.”

         Como escola, não observamos nossos alunos, muitas vezes não educamos com amor e não nos deixamos observar para as crianças aprenderem com exemplos, e sempre que podemos  punimos os mesmos severamente. Percebo que não obtemos sucesso  nas punições, e  perdemos muito na aprendizagem das crianças e no seu desenvolvimento  social, mantendo o foco nos conteúdos a serem vencidos . 

GUARANI


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                Dizem os Guaranis :” que não é a exemplaridade que ensina, mas o movimento de observação, imitação, experimentação e recriação que conforma um aprender. Portanto as crianças desenvolvem-se imitando e principalmente, fazendo, criando seu próprio  modo de fazer.” Citando que esse aprender é proporcionado às crianças da tribo até seus 10 anos.
             Essa fala Guarani me fez pensar se proporcionamos essa interação aos nossos alunos se proporcionamos  que eles aprendam por si próprios  ou se  tudo o que fazemos  é para cumprir as  leis.
           Somos nós professores que mantemos o domínio do brincar do aluno, como, onde, quanto tempo; não deixando livre para a observação do meio e perdemos de observar a maneira como ela se apropria de sua autonomia de brincar.  Podamos experiências e iniciativas, acreditando estarmos corretas, dentro do sistema  educacional  atualizado, mas perdemos para o modo de ensinar e educar Guarani, que vem cultivando seus costumes e cultura há anos.
      Nossas crianças  têm dificuldade de se  desenvolverem individualmente e coletivamente dentro dos nossos métodos educacionais,  perdem o respeito pelo professor e pelo gosto de aprender; pois são obrigados a aprenderem o que não querem e não precisam, não é interessante no momento. 

quarta-feira, 20 de setembro de 2017



                                            ELES SÃO  MESMO DIFERENTES ?


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A defesa pela preservação da cultura indígena é uma preocupação que tomou conta de outras esferas, não somente as relacionadas á população indígena. Por isso foi criada uma lei que ampara a introdução  de conhecimentos , cultura e costumes dos índios nas escolas, para mudar a visão do índio representado desde o tempo da colonização.

Aquele índio selvagem, primitivo  e atrasado não existe mais, ele  está inserido nas outras comunidades e divulga a sua cultura sem perder a sua essência.  Existem várias tribos  indígenas e cada uma rica em  costumes e diferentes entre si, mas que mantém o respeito ao outro, ás suas culturas e costumes  e á natureza .

Aos poucos  estamos vendo que o índio é um ser que preserva suas raízes,  mas que se adapta aos grandes e pequenos centros com facilidade, e  que ainda sofre discriminação por ser índio, mesmo com  toda a preocupação que o cerca.

Os vemos, sabemos que existem, que mudaram com o tempo, que evoluíram, que tem os mesmos direitos que nós, mas não os aceitamos como iguais a nós.


Muito trabalho ainda tem que ser feito para mudar a consciência  do povo em relação ao índio.
           
                                                              FRACASSO ESCOLAR


 “ O  êxito ou o fracasso das crianças na escola se explica pela  distância  de sua cultura ou língua em relação à cultura e a língua escolares.”  ( Noé, Alberto)



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                Há nas escolas hoje,  muita preocupação em se fazer cumprir leis, leis que estão fora  dos contextos familiares e culturais existentes. O Brasil é muito plural em suas culturas e regiões não podendo contemplar nelas somente uma lei,  e nem a lei contemplar todas as  realidades de todas as regiões, pois esta não é especificada e sim muito ampla.
               Devido á esse fato, temos várias realidades,  e se essas realidades não forem respeitadas e estudadas, trataremos de assuntos  desinteressantes e desfocados para o aluno,  originando   ai, o seu fracasso escolar, pois a escola não atende suas necessidades , especificidades e curiosidades. Geram-se dois mundo que fazem parte de um todo,  mas divididos  entre si: o mundo que eu estou inserido e domino os conhecimentos, o mundo familiar e cultural de onde vivo; e o mundo escolar, que ensina o que tem que ser ensinado, mesmo não me atraindo, e que de algum modo, servirá para o futuro.
             Não podemos  separar contexto familiar e  escolar, a pessoa que interage nesses dois meios é a mesma , ela não é compartimentada ou subdividida. Para uma criança fazer essa diferenciação é difícil,  e nós adultos/ professores temos que fazer com que essa separação não ocorra, seja  um contexto só de vivências e aprendizagens, ambos completando-se, somando.