Vygotsky (2008) já dizia: o sujeito é ativo e interativo,
pois constrói conhecimentos e constitiu-se por meio das relações interpessoais.
E nessa troca com os outros que seus conhecimentos aperfeiçoam-se,
internalizando-se, possibilitando a reconstrução de novos pensamentos e conhecimentos;
aprimorando o homem em sua personalidade e consciência.
A educação deve partir desse pressuposto de que o homem
constrói seu conhecimento e apenas mediar que esse conhecimento aconteça. Outra
maneira de fazer melhor pela educação é partir da ideia de que todo aluno tem
uma vivência, uma experiência a qual os professores podem se valer para alicerçar
o conhecimento. A valorização do conhecimento pessoal é importante para a
reconstrução do conhecimento já obtido, pois o ser humano é um sujeito sociocultural,
criador de cultura, inconcluso e inserido em um meio com outros grupos sociais;
onde partindo do diálogo inicia-se a complementação do conhecimento.
Na modalidade EJA essa preocupação com a individualidade do
sujeito e seu meio em que vive é um alicerce para a estruturação do novo
conhecimento a ser formulado. A
clientela que constitui essa sala de aula é diversificada, com sua bagagem
cultural e experiências formadas, mas não teorizadas, possuem um conhecimento informal
do mundo que o rodeia; e partindo desse conhecimento prévio o professor media
teoria e prática. Os alunos da EJA “premiados” com o ensino partido de suas experiências
e focado nas suas necessidades, pois ninguém mais que eles sabem o que é
preciso aprender e se faz necessário nessa altura da vida.
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