MEMÓRIA         

                                                               UMA CAIXINHA DE SURPRESAS

                                       
                                       
                                 
     Nossa memória é uma forte aliada para nossa vivência, pois a partir dela tomamos determinadas atitudes e também , deixamos de tomá-las; dependendo do que desencadeia em nossa memória tal relação, que nos remete a associar o que fizemos e o que devemos fazer, fazendo - nos tomar a decisão certa.

     A memória está repleta de acontecimentos do passado e mitas vezes adormecidos, mas que vem à tona  quando " cutucados". Quando nada nos vem à tona, quer dizer que não ficou nada guardado, justamente porque  não fez jus ao grau de acontecimentos importantes para serem guardados. Aconteceu, mas foi desmerecido ser lembrado.

     Cada vez mais nos surpreendemos com  as lembranças que aparecem de nossa caixinha de surpresas.

     

                          Desassossegos

                                                                                                     João Chagas Leite

Meus desassossegos sentam na varanda

pra matear saudade nesta solidão

cada por de soldói feito uma brasa

queimando lembranças no meu coração. 

[...]

     Meus desassossegos não ficam só na varanda, como o de João Chagas Leite, pois atualmente  estou sempre desassossegada, aprendendo a buscar informações permanentemente.

       Desassossegos não correspondem à conformidade de ideias, pois  todas as verdades são provisórias até que se prove o contrário. Verdades existem temporariamente até que são revistas e reestudadas por  outros, não existindo assim, explicações definitivas. O que existe são verdades provisórias que estão sempre sujeitas à transformações.

     O parágrafo acima se estende por toda esfera de vida da pessoa e á estudos dedicados à ciências e à história por exemplo, onde vimos que não existe verdades exatas, todas são contidas de fatos históricos sociais e culturais, vividos na época e que influenciaram nas situações descritas, podendo mudar o contexto se analisada por diferentes ângulos e diferentes espaços históricos.

     Na ciências acontece o mesmo, pois tudo é verdadeiro e consistente até que outro estudo aponta para uma nova direção, e então, o que era não é mais, mudando conceitos verdadeiros por anos.

     Logo entende-se que tudo é provisório, nada é concreto, pois tudo está sempre a mercê de ser analisado diferentemente, dando margem  para a construção de novas mudanças e conceitos.

                    " APRENDENDO E ENSINANDO  SOBRE O PASSADO"


                      
 


     Ao ler o texto, confesso que me remeti às interdisciplinas do semestre passado, onde tudo se interligava com contos e poesias, jogos e brincadeiras, conteúdo e ludicidade.  Em mais um momento aparece outra interdisciplina contemplando a ludicidade, a forma de introduzir e participar da aula,e o momento de  criar situações para as crianças refletirem, criarem, pensarem e, com isso,  reproduzirem o conhecimento de variadas formas.

    Novamente abre-se espaço à bagagem cultural que a criança carrega consigo e às evoluções que vão se criando com as novas descobertas, aprimorando as também,  novas aprendizagens.

     Refletindo sobre como o passado é trazido para a sala de aula, um método eficaz e que nos remete às nossas vivências e memórias é a utilização de fotos, primeiramente  dos  alunos , e depois as mais diversas para eles sequenciarem e ordenarem, fazendo os alunos situarem- se no tempo e espaço  vivido por eles; mas agora recriado e pensado pelos mesmos.   Esse método de trabalho também é  acolhido na interdisciplina de matemática , onde vimos os critérios utilizados pelas crianças para ordenarem e selecionarem semelhanças e diferenças entre momentos, objetos e situações,  onde são contemplados diariamente.

        Situar os alunos  no passado  com  a utilização de fatos próprios   facilita a interação e a associação com o meio em que ele conhece e com o que ele desconhece, comando com o que ele pode descobrir e associar, trabalhando  as semelhanças e diferenças contidas nos dois meios.

                                          

                                               MATERIAL CONCRETO

                         

     O material concreto é um excelente aliado do professor de matemática que prioriza o construir conhecimentos  mais do que o aprender por si só. Com  o auxílio desse material o aluno pode criar, recriar e visualizar a melhor forma de relacionar o que está fazendo com o conhecimento.

    Além de aproximar professor e aluno  o material concreto oferece o aprendizado e a passagem do conhecimento  de forma lúdica, fazendo com que o aluno reflita, discuta as diferentes formulações de hipóteses dos colegas, desenvolva o raciocínio e  crie sua própria teoria . 

     Ensinar é proporcionar condições para a construção de conhecimentos pelos alunos  e não simplesmente a passagem do conteúdo pelo professor. Ensinar é permitir olhar diferenciado sobre todas as formas de aprendizado.

     

                                                  PROFESSOR PESQUISADOR

                                           

     PROFESSOR PESQUISADOR É AQUELE QUE INSTIGA O ALUNO A PENSAR, E DESSE PENSAR  APROPRIA-SE DAS DÚVIDAS DO ALUNO PARA PREPARA SUA AULA; PERGUNTANDO SEMPRE MAIS, PARA TER SUAS RESPOSTAS EM CONJUNTO COM O ALUNO.

     O PENSAR É DIFERENCIADO EM CADA SER, POR ISSO AO PERGUNTAR  PARA UMA TURMA VOCÊ TERÁ VÁRIAS RESPOSTAS E VÁRIOS PONTOS DE VISTA.  O PROFESSOR DEVE OUVIR TODAS AS ALTERNATIVAS E A PARTIR DAÍ REFORMULAR OS CONHECIMENTOS, SEMPRE OUVINDO E RESPEITANDO AS IDEIAS DO ALUNO.

     ALÉM DE QUESTIONAR, O PROFESSOR DEVERÁ CONHECER TODO O PROCESSO O QUAL O ALUNO FORMULOU SEU PENSAMENTO, E ENTENDER AS ETAPAS AS QUAIS PASSOU. PARA ISSO É NECESSÁRIO PESQUISAR E  ESTAR ABERTO A APRENDER  COM O QUE NÃO É PROVÁVEL E PREVISÍVEL, POIS QUANDO SE TRABALHA A PARTIR DO CONHECIMENTO DO OUTRO, EXIGE-SE MUITO MAIS PREPARO E CONHECIMENTO POR PARTE DO PROFESSOR.

  "   É  A PESQUISA QUE LHE PERMITE APRENDER E TER CONDIÇÕES DE AJUDAR O ALUNO A APRENDER." ( MARQUES, 2005)

                                                  CIÊNCIAS E HISTÓRIA

                                 
     O  estudo das ciências vem acompanhado das relações históricas da humanidade, trazendo  junto com ela algumas explicações científicas que permite entender a lógica dos acontecimentos no tempo, fazendo refletir sobre as condições sociais das teorias contemporâneas.

     Além do entendimento da ciência com a história, as perguntas e as inquietações de todos, especialmente dos alunos nos faz levar em consideração o senso comum, que também compõe a ciência. São saberes alternativos e funcionais, com alta credibilidade popular mas sem o conhecimento científico.

     Falando em inquietações, é a partir desse senso  desafiador, essa busca de respostas para  perguntas que se constrói novas informações; temos que aproveitar esse senso de dúvida nos alunos para integrar o conteúdo para poder formular novos conceitos, ampliando ou modificando os já adquiridos. Essa mudança de conceitos, não acontece de uma hora para outra; é preciso muito tempo de observação,  análise de dados e hipóteses e interpretação para depois poder concluir e ter uma nova teoria.

   

                                                           MATEMÁTICA DIVERTIDA

             


     A maioria das experiências com matemática, na escola geralmente é traumática e perdura por muito tempo. Fica nas mãos do professor a responsabilidade de desmistificar a matemática e torná-la agradável para os alunos.

     Uma forma que ajuda os professores a desenvolver o raciocínio doa alunos é o jogo de cartas, tão desprezado na maioria das escolas e por muitos professores. Os alunos jogam por prazer e nas entrelinhas desenvolvem o raciocínio lógico, as diversas possibilidades de agrupamento e também aceleram o pensamento.

    Podemos tornar a matemática uma matéria mais "querida" e menos temerosa para os alunos, basta mudar a forma de  trabalhá-la. Os professores tem que ser desacostumar  de passar conteúdos estáticos e frios; é preciso, primeiramente, desconstruir esse pensamento conteudista  para depois termos uma conscientização de é possível e prazeroso ensinar uma matemática  real e significativa para os alunos.

Pertencer ao espaço escolar

Você professor, que pertence ao espaço escolar

Deve amar,

Pois tua função é sofrida

Não é só avaliar.

Espaço escolar é para aprender e crescer

Também brincar e jogar

Não é estar por estar

Tem que gostar.

À você criança,  que aqui  não está

O meu pesar,

Pois aqui é seu lugar

E para isso tem que lutar.

Aluno, em nós você pode confiar

Para o futuro vamos te preparar

Quando ficar adulto, você vai voltar

Para seu filho conosco deixar.

A escola para sempre vai existir

Você não pode fugir

Alegres  sempre estaremos

Por você vivemos.